segunda-feira, 8 de junho de 2009

Conservação Auditiva

Esse é um assunto que volta e meia me perguntam depois que comecei a trabalhar com audiometria clínica e aparelhos auditivos. Esteve muito em pauta com relação ao uso dos aparelhos de MP3, MP4, etc... e os efeitos nocivos que eles podem causar.
Hoje eu estava lendo na página da Zero Hora uma reportagem que saiu no caderno vida em 2008 e colocarei alguns trechos aqui:

Diminua o volume
Para a preservação da saúde auditiva, o uso dos tocadores de música não deve ultrapassar o limite de duas horas diárias

A perda parcial ou integral da audição não é o único caminho dos usuários de aparelhos que tocam músicas no formato MP3. Há como se beneficiar dos recursos que o utensílio oferece sem pôr em risco a saúde do aparelho auditivo. A principal orientação dos especialistas é limitar o uso e o volume.

Uma pessoa pode suportar até 80 decibéis sem que a sua audição seja afetada. Segundo Moacyr Saffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e médico do Complexo Hospitalar da Santa Casa, uma conversa entre duas pessoas em um tom de voz mediano já se aproxima desse limite. A maioria dos players digitais, quando acionados em volume alto, extrapola essa medida, mas o maior perigo é a absorção contínua do som.

Segundo Geraldo SantAnna, chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Complexo Hospitalar Santa Casa, os primeiros sintomas de que o aparelho auditivo já não está mais funcionando perfeitamente são os zumbidos e a perda da sensibilidade na audição de sons agudos. Quando isso acontece, o mais indicado é procurar um especialista para a realização de um exame de audiometria, que mede o nível de audição.

- Nem só os idosos apresentam problemas de audição. Por isso, é necessário que os exames preventivos sejam realizados em todas as idades. Quanto antes o problema for identificado, menor será a sua evolução - diz SantAnna.

Para Saffer, os usuários precisam ficar atentos, pois essas agressões muitas vezes não são percebidas em um primeiro momento, e as providências médicas só são tomadas quando o sistema auditivo já está bastante danificado.Mas, nem só o usuário deve se esforçar para que o prazer de carregar no bolso centenas de músicas não prejudique a sua saúde. Os fabricantes também podem procurar alternativas para solucionar o problema.

O professor de otorrinolaringologia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Renato Roithmann sugere uma alternativa simples, mas que pode ajudar a amenizar os danos causados ao ouvidos pelos players digitais:

- O ideal seria um aparelho de MP3 que acendesse uma luz vermelha quando o som estivesse acima de 85 decibéis, como forma de alerta ao ouvinte - sugere.

Fica a dica.
Abraços,

Dani.

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