domingo, 24 de agosto de 2008

Frase do dia...

"Não haveria conflitos entre gerações se as pessoas depois que se tornassem adultas não se esquecessem que um dia já fizeram sua própria juventude."

(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 23 de agosto de 2008

PRISÃO

Abro os olhos, mas a escuridão não diminui. Há muito perdi a conta dos dias, das horas... Será que estou no inferno? Não, que loucura! Não pode ser... sei que estou vivo. Mas, faz tanto tempo que estou preso, que já faço parte dessas paredes. Como se fossem uma continuação dos meus braços e pernas. Tenho que arrumar um jeito de fugir!
Tento me mexer, mas é tudo em vão... minhas mãos estão dormentes e não consigo me apoiar. Essa escuridão me devasta e o calor que sinto é insuportável. Não existe uma fresta sequer por onde o ar e a luz possam entrar. Meu Deus, o que foi que eu fiz? A vontade de sumir não ajuda, mas não posso pensar em desistir de tudo. Não agora.
Espere aí... que voz é essa? O que está dizendo?! Quero gritar, chamar sua atenção, mas minha voz não sai. Não adianta, parece mais forte que eu. Não consigo lutar contra isso, mas sei que preciso manter a calma para permanecer lúcido. Não quero me acalmar, eu quero é sair daqui. Eu preciso sair! Hoje descubro um jeito.
Mas como? Não vejo saída, não vejo nada. Maldito destino! Não sei como me colocaram aqui. Não lembro de nada antes disso. Meu corpo já dá sinais de cansaço e agora sofro com espasmos... Nunca senti isso antes. Será tortura ainda maior? Porque ninguém aparece? Devo estar aqui há tanto tempo que já esqueceram de mim. Só pode ser isso. Esse mal-estar não me deixa pensar em mais nada.
As dores estão ficando piores... a cada minuto que passa deixo de controlar braços e pernas. Tudo em volta parece se mexer e ter vida própria, como se quisessem me esmagar, me expulsar daqui. Não pode ser real! Outras vozes aparecem e tenho a impressão que estão mais próximas do que antes. Quero muito sair daqui, mas agora estou com medo do que me espera lá fora. Porque essa dor? O que está acontecendo comigo e com esse lugar? Outro grito fica preso em minha garganta.
Esperei tanto por isso e agora tenho certeza que estou saindo! Mas porque não vejo ninguém? Será que vou descobrir porque estive tanto tempo preso? Uma luz aparece ao longe e tento ir em sua direção. Vou deixar para trás o lugar que me sufoca e vou em direção da luz, uma luz que não consigo identificar o que é, mas sinto que é boa.
Falta pouco, muito pouco. Tenho que ser mais rápido! A luz está ficando cada vez mais intensa e tenho medo de abrir meus olhos. De onde será que vem? Mais alguns segundos e chego até a porta... estou saindo... só mais um pouco... saí. Saí!! Não acredito que estou livre! Não sei onde estou, mas gosto daqui. A claridade já não me incomoda mais. Na verdade, nada mais me incomoda. Me sinto amado, feliz, como nunca me senti antes. Minha voz então se desprende e não consigo me controlar...

Acabo chorando. Choro feito criança.

Dani.

Beijing - Mulheres de Ouro



Buenas...

Apos esperar ate o ultimo minuto, Maurren Maggi ganha o ouro em Pequim no salto em distancia, primeiro ouro na história olimpico do atletismo feminino brasileiro. Não vou entrar no mérito do passado, do dopping e talz. Mas vale o fato de desbancar a faforita e ganhar a medalha. Valeu Maurren!!!



Após ter chegado perto do título nas três Olimpíadas anteriores, a seleção brasileira de vôlei feminino enfim conquistou a medalha de ouro olímpica neste sábado, em Pequim. Com uma convincente vitória por 3 sets a 1 (25-15, 18-25, 25-13, 25-21) sobre os Estados Unidos, o Brasil transformou em ouro a primeira oportunidade que teve para faturar a medalha – fora bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000, e quarto colocado em Atenas-2004, depois de perder a semifinal para a Rússia num jogo em que desperdiçou seis match points. Vale lembrar que a unica presente nas 4 olimpiadas anteriores foi Fofão a numero 7. De quebra, o técnico José Roberto Guimarães alcançou um feito inédito: o de campeão olímpico no masculino, em Barcelona-1992, e no feminino.
Será que repetiremos o feito na Russia em 1968 e 1980 e conquistar o ouro no volei feminino e masculino na mesma olimpiada???

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Literalmente morremos na praia!! humpf!



Sério... nunca vi isso...
Juro mesmo... de verdade... eu adoraria colocar uma notícia boa sobre as olimpíadas.
No começo até parecia que eu ia conseguir, o Volei de praia maculino dava impressão de que traria uma medalha de ouro pro Brasil, dava...
Começaram o primeiro set ganhando muito bem... 6 pontos de diferença. Deixaram os americanos encostarem e acabaram perdendo por entre os dedos...
Começa o segundo set e quando tudo leva a crer que estava tudo perdido, viraram um placar de 13 x 10 e ganharam... o Márcio foi perfeito no saque!

Fiquei pasma foi com o tie-break. Que vontade de esganar o juca do Fábio Luiz! Meteu a mão na jaca parando 1.43562543658 de vezes no bloqueio do americano... ninguém merece! Não forçava o saque e ainda insistia numa jogada que não tava funcionando. Resultado? Perderam de 15 a 4.

Lá se vai mais um ouro considerado como certo... ai, ai.


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

BEIJING 2008 - EUA 1 X 0 BRASIL



Pois bem, que se pode dizer do jogo de hoje pela manhã...

Eu assisti o segundo tempo e a prorrogação pela fantástico TERRATV, vi um um time apático em campo. Foi levar o gol aos 6 minutos da prorrogação e começou o nervosismo, mais uma vez o Brasil "amarelou" em uma final. Há pessoas que alegam que em um país onde há pouco investimento no esporte não se pode cobrar resultados expressivos, espera ai!
Tudo bem que exigir medalha por exemplo na Funda de Mão é pedir demais, agora no Futebol Feminino éramos favoritos ao título, contando com a melhor do mundo, aí se chega na final e fazem isso. Onde éramos favoritos tinhamos no mínimo uma obrigação com o torcedor, que tem q ver uma campanha pífia do Brasil. Que posso dizer... lamentável.

Sobre a questão do investimento, aqui vai uma mostra do quadro de medalhas e reparem que tem pais aí que investiu muito menos que o Brasil.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Frase do dia...

"Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira."

- Manoel de Barros, poeta brasileiro -

domingo, 17 de agosto de 2008

Sampa

Visita aos amigos Gabi e Lucas em São Paulo - Liberdade.

Suco de Cabaça, o Autêntico!!!

sábado, 16 de agosto de 2008

Riquezas da Vida...


A gente costuma só dar valor às coisas importantes na nossa vida quando estamos prestes a perdê-la ou quando nos damos conta de que existe esta possibilidade. Instabilidade no emprego, desgaste no amor, reservas na amizade ou falta de saúde. Não importa o setor.
O grande segredo é perceber que não somos donos de coisa alguma, de pessoa alguma.
Se começarmos a pensar que não somos onipotentes sobre nossas vidas (quem dirá de quem nos cerca), conseguiremos enxergar o que realmente importa pra cada um de nós.
Começaremos a viver cada dia como se fosse o mais importante. Falaremos o que pensarmos, faremos o que quisermos, iremos pra qualquer lugar, à qualquer hora.
Tomaremos as rédeas da nossa própria vida e tudo entrará nos eixos.
Se uma coisa não estiver dando certo, não tenha medo de ousar! Tem um cara lá em cima que sempre reserva algo melhor pra nós. Os obstáculos que aparecem nunca são maiores do que aqueles que podemos suportar.
Não tenha medo de dizer não, mas, principalmente, não tenha medo de dizer sim. Para sermos felizes, precisamos aprender a aceitar a felicidade. Precisamos aprender a colocar a nossa vida na dependência de outra. Isso é um aprendizado diário e só aquela pessoa que estiver realmente disposta a aprender, encontrará o pote de ouro no fim do arco-íris... Se vai ser fácil? Provavelmente não... nada que é verdadeiramente importante vem de mão beijada.

Dani aka Moon

terça-feira, 5 de agosto de 2008

SOL PARA OS PRÓXIMOS DIAS

Para Henrique

Sexta-feira. Fim de tarde de céu nublado. Escutam-se passos na calçada. O som metálico de uma caixa fechando denuncia a chegada do carteiro. Sozinha, Cecília estica o pescoço e pelo canto da janela da sala não vê ninguém, mas a caixa do correio está com a bandeira levantada.
– Isso são horas?! - Pensou.
Todos se conhecem na cidade onde nasceu. Cidade pequena tem dessas curiosidades. Ela sabia os horários do caminhão do lixo, do ônibus escolar e até da Dona Veridiana, uma senhora de oitenta anos que morava do outro lado da rua e não dispensava uma caminhada matinal. Poderia acertar seu relógio pela Dona Veridiana se quisesse, e, definitivamente, aquela não era a hora do carteiro.
Cecília vai até a rua, abre a caixa de correspondências e tira um envelope branco de dentro. No destinatário está escrito “Cecília”. Nada mais. Uma caligrafia familiar sem sobrenome ou endereço. Já estava a meio caminho de casa quando lembrou de abaixar a pequena bandeira vermelha. Voltou. Só então percebeu que aquela letra no papel era sua. Com um gesto automático virou o envelope, fazendo uma ruga aparecer em sua testa. “Cecília” novamente.
Caminhou até a casa e atirou-se no sofá - a ruga permanecia em seu rosto. Absorta, tentava lembrar quando teria escrito aquela carta, não havia dúvidas de que a letra era sua. Senilidade precoce foi uma das explicações.
Rasgou a lateral do envelope com cuidado, retirou o pequeno pedaço de papel dobrado ao meio e começou a ler:
“Querida Cecília,
Sei que deveria ter-lhe enviado esta carta antes, mas você me conhece. Continuo teimosa e acabo deixando sempre para a última hora. Quando acredito em alguma coisa, eu sigo o caminho até o fim. Mesmo que muitas pedras apareçam para me mostrar que o rumo está errado. Sei que você também é assim. Tudo o que sou hoje aprendi contigo, lembra? Mas não pensei que o desfecho das minhas escolhas fosse tão ruim. Não imaginei que perderia tanto tempo na ilusão de mudar alguém ou a mim mesma. Ah, se eu ainda tivesse a sua idade... Eu faria tudo diferente! Por isso, espero ter feito as contas certas e que não seja tarde demais. Você vai perceber que pessoas não se mudam, pessoas se completam... não pense no que passou e sim no que está por vir... O amanhã pode ser mudado hoje. Se isso acontecer, talvez ainda exista tempo para sermos felizes.
Com carinho,
Cecília.”
Os olhos estáticos não desgrudavam da carta mesmo depois da terceira leitura. Procuravam qualquer indício que a fizesse considerar o que tinha em mãos. Levantou-se e com passos pensativos foi até a cozinha. Serviu-se um pouco de café que estava na térmica. Morno. Deixou a caneca de lado. Abriu o armário e percebeu que não havia comprado pó. Se contasse para alguém, passaria por louca. Ela mesma achava que estava. Ainda com o papel na mão volta para a sala, liga o rádio e espia novamente pelo canto da janela. Uma tentativa inútil de descobrir como aquela carta havia parado ali. A voz no rádio deu a previsão do tempo, mas Cecília não ouviu.
Ela pára em frente ao espelho do corredor de entrada. Mesmo reconhecendo a maneira fantasiosa de como aquele envelope surgiu, não pôde deixar de pensar na sua vida. Seu rosto já havia mudado, seu coração já havia mudado. Estava cansada. Cansada de tentar, de acreditar, de esperar e de se sentir sozinha no final do dia. Olhou mais uma vez para o papel. “Pessoas se completam...”. Cecília compreendeu o quanto estava perdendo ao se acostumar com ausências em sua vida.
- É hora de viver! – falou baixinho para o rosto que a encarava no espelho. Chega de esperar por algo que nunca vou ter...
Pegou as chaves e saiu. Precisava ver gente, tinha urgência. Não tinha a menor idéia de onde ir. Talvez comprasse café. Talvez não. Sentia que podia ir aonde quisesse e no caminho até o portão não conseguia tirar os olhos da carta. Sorria. Ao passar pela cerca e pisar na calçada, trombou de frente com alguém. Com o choque, o corpo de Cecília ficou colado ao corpo de um homem que caminhava em sentido contrário e logo caiu para trás. Foram os dois segundos mais importantes da sua vida.
- Machucou? – Perguntou ele, enquanto esticava a mão para que ela levantasse.
Caída entre as chaves, a carta e seus sonhos, Cecília levantou os olhos para dar um rosto àquela voz que inundou seus ouvidos.
- Obrigada. Mas a culpa não foi sua, eu estava... – perdeu-se naqueles olhos - ... distraída.
- Peço desculpas mesmo assim... cheguei hoje na cidade e ainda estou meio ansioso. Não te vi passar pelo portão. Eu sou Pedro.
- Cecília.
Cumprimentaram-se com um aperto de mão. A carta já não tinha a menor importância, era daquele rosto que Cecília não conseguia mais tirar os olhos. Sentiu como se há muito o conhecesse.
- Percebi que estava com pressa. Você está bem? Não quero te atrasar mais...
- Imagina... nada de importante – respondeu enquanto arrumava o cabelo que caía sobre o rosto. Mas você disse que chegou hoje à cidade?
- Sim, cheguei hoje. Um almoço de negócios.
- Está só de passagem, então?
- Não, na verdade tenho um amigo na cidade e acabei virando sócio da cafeteria dele.
- Você é amigo do Bernardo?
- Conhece?
- Claro... quem não conhece a única cafeteria da cidade? – Riu.
- Então, hoje vim assinar os papéis e semana que vem faço minha mudança completa. Sempre quis morar em uma cidade pequena como essa.
- Também não troco essa tranqüilidade.
- Eu estava voltando pra lá agora... tenho que me acostumar com o funcionamento. Me acompanha? Assim, posso tirar a má impressão do tombo.
- Err... Claro, vou adorar! – Sorriu encabulada. Só espero que não chova para estragar nossa caminhada. Passou o dia todo prometendo.
- Não se preocupe, ouvi dizer que a previsão é de sol para os próximos dias.

Dani

domingo, 3 de agosto de 2008

Reborn!!!!!

Recomeçando

Agora vai!!!