domingo, 30 de novembro de 2008

Queime depois de ler

Hoje fomos ao novíssimo (e cheio de problemas) Shopping Barra Sul conhecer o complexo Cinemark, aberto após a inauguração geral. Tudo muito moderno. Das 8 salas, ficamos na número 4. Poltronas confortáveis e com boa angulação para a tela, espaço considerável entre as filas...



Escolhemos o filme Queime Depois de Ler (Burn After Reading)

Gênero: Comédia, crime, drama

Duração: 96 min.

Elenco: George Clooney, Frances McDormand, Brad Pitt, John Malkovich, Tilda Swinton, Richard Jenkins, David Rasche, J.K. Simmons, Olek Krupa, Michael Countryman, Kevin Sussman, J.R. Horne, Hamilton Clancy, Armand Schultz, Pun Bandhu...


SINOPSE: Agente da CIA expulso da agência escreve suas memórias contendo detalhes reveladores. Mas o CD no qual o texto está escrito cai acidentalmente nas mãos de dois inescrupulosos funcionários de uma academia de ginástica que tentarão ganhar com isso, vendendo as informações.


Opinião da Dani: Filme meio viagem... Elenco prometia mais. John Malkovich faz um papel medíocre... Bradd Pitt é um guri retardado... George Clooney patético.... A história se desenrola em torno da ambição de uma mulher fútil que quer fazer cirurgias e remontar seu corpo... mais um daqueles filmes que nao precisavam ser feitos.

Opinião do Rique: Na real valeu mesmo para conhecer a sala de cinema pq o filme...viagens do tipo du nada o Brad Pitt toma um tiro do meio da cara (a Dani ficou chocada), um carinha leva um tiro no coração, corre 4 lances de escada, sai na rua ainda correndo e só para pq pegam ele com uma machadinha. Pessoal da CIA dentro da embaixada Russa nos EUA??? No final todos estão mortos...muito fora.

[]´s


Dani e Rique

terça-feira, 25 de novembro de 2008

VAI ENTENDER

Há quanto tempo eles se conheciam? Ela não lembra ao certo... talvez uns 8 ou 9 anos. Suas vidas tangenciaram num desses programas de bate-papo virtuais, onde os integrantes se cadastram, criam um personagem e utilizam sempre o mesmo número de registro. Tudo em texto. Essas interfaces moderninhas, cheias de ícones piscantes... não, nenhuma até hoje teve a mesma graça daquelas letrinhas verdes dos antigos terminais da universidade que ela cursava. Bons tempos... muitos amigos, mas também muitos créditos perdidos. Nenhuma culpa.
O local onde se conheceram também está perdido em sua memória. Mesmo da lembrança mais remota daquela época ele já fazia parte, como se nunca tivessem sido apresentados, pois sempre foram amigos. Ela pensa sobre isso agora e acha estranho...
O tempo foi passando e as amizades foram estreitando. Elos fortes mapearam o grande grupo de amigos, criando pequenos núcleos que a cada dia iam descobrindo coisas em comum. Cinema, gostos musicais, domingos de sol na Redenção. Não havia final de semana em que não se encontrassem. Ela se dava melhor com uns, ele com todos.
A juventude é uma fase da vida em que tudo é possível. Onde se faz muitas amizades e se aprende a lidar com novos sentimentos. O mundo é uma promessa e todas as cartas estão no jogo. É a época de muitos amores, com certeza. Ela teve alguns declarados, ele não se sabe.
Por algum motivo, numa noite, ela percebeu que poderiam ser mais que amigos. Como se seus olhos passassem a ver uma tonalidade completamente nova. O medo de pôr em risco uma amizade antiga foi colocado na balança, mas ela era jovem e acreditava que estava no caminho certo. Decidiu apostar. Ela era o coração, ele a razão.
Após esse, todos os dias correram iguais. Um após o outro, durante o que pareceu uma eternidade. Toda aquela alegria que preenchia sua alma cedia lugar a farpas que ora machucavam seu próprio peito, ora eram disparadas ao primeiro sinal de solidão. Era como se estivesse sempre sozinha. Ela contava seus anseios, ele escutava.
Tudo aquilo que vinha morrendo aos poucos fez nascer uma vontade de querer mais. Não podia mais aceitar que os anos escorressem pelos dedos. Não podia mais se contentar com o que tinha. O que tinha já não fazia mais parte dela. Ela sonhava alto, ele preferia a rotina.
Sentada na varanda da casa ela observa a vida com os olhos voltados para o passado e pensa em como a vida surpreende. Agora ela via um tempo que não se encaixava mais nos seus desejos. Como algumas coisas podem mudar tanto de um dia para o outro? Outras não. Outras vão continuar sempre iguais. Ela de humanas, ele de exatas.

Dani

domingo, 23 de novembro de 2008

Frase do dia...

"Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos."

(Miguel Unamuno)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Estrychnina


Mais uma aquisição na feira do livro.

O que mais me chamou atenção neste romance de 1897, foi, antes de mais nada, a possibilidade de viajar por dentro de uma Porto Alegre que quase não existe mais.

O livro narra a história de amor que une Chiquita e Neco perambulando por ruas e circunstâncias do final do século passado. É no desenrolar do texto que me pego visualizando não só os caminhos por onde eles passam, tão conhecidos por mim hoje em dia, mas consigo imaginar cada pedaço narrado da minha cidade como realmente era há mais de cem anos atrás.

Esta é uma edição comemorativa ao centenário da publicação da obra. Inclui introdução e notas ao pé das páginas por Luíz Augusto Fischer e abas resenhadas e com nota sobre os autores. Coleção Biblioteca Burgo, volume 1. Ilustrado com reprodução da planta da cidade de Porto Alegre.


[]´s


Dani

Yupiiiiiiiiiiiii!

Hoje é sexta feira! Dia internacional de quê? De quê?
Dia de encontrar os amigos, sair, dançar... se divertir!
O importante é ver gente. Socializar.
Tem quem prefira ficar em casa com o amorzinho, preparar uma jantinha e tal... baita bom também!
Eu prefiro unir todas as coisas: pegar meu benzinho, sair, achar um bom barzinho, dar risada com os amigos, experimentar petiscos locais e voltar pra casa com a certeza de que o final de semana será show.

Pessoas que não sabem ainda o que fazer do final-de-semana:

Mexam-se, senão o cheiro de mofo gruda e não sai mais!

Bjus,

Dani.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cyanide and Happiness


Não me agüentei... huahuahahauhauhau


Dani

terça-feira, 18 de novembro de 2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Frase do dia...

"Dizes que a beleza não é nada? Imagina um hipopótamo com alma de anjo... Sim, ele poderá convencer os outros de sua angelitude - mas que trabalheira!"

(Mário Quintana)

domingo, 16 de novembro de 2008

Eram os Deuses Astronautas?


(Erich von Daniken)

Livro de grande sucesso em todo o mundo no final da década de 60 e toda década de 70. O livro inicia com o seguinte questionamento: Há outros seres inteligentes no Cosmo? Será admissível que nós habitantes deste mundo não somos o único ente vivo, de espécie semelhante, em todo o universo? Nosso passado histórico foi recomposto por meio de conhecimento indiretamente obtidos: Mapas geográficos de 11.000 anos de idade? Aeroportos pré-históricos? Pistas de aterrissagem para os deuses? A mitologia dos sumérios. Ossos que não procedem de macacos. Será que todos os desenhistas da antiguidade tinham o mesmo tique? Recebiam nossos antepassados visitas do espaço cósmico? Baseiam-se em premissas falsas certas partes da arqueologia? Seriam astronautas os deuses?
A Bíblia está cheia de mistérios e contradições. O Gênese, por exemplo, começa com a criação da Terra, que é contada com absoluta precisão geológica. De onde, porém, sabia o cronista que os minerais precederam às plantas e as plantas aos animais? Lendas antigas e imaginação, ou antigos fatos? Tinham todos os cronistas a mesma imaginação maníaca? Carros Celestiais? Explosões de bombas H na antiguidade? Maravilhas da antiguidade ou espaços-portos pré-históricos? De que viviam os egípicios antigos? Era Quéops um impostor? Por que as pirâmides estão lá onde estão? A Ilha de Páscoa? A Terra dos homens-Pássaros. Teriam os deuses abandonado os gigantes na ilha de páscoa? Quem foi o deus branco? Os mistérios da América do Sul e outras singularidades. Cidades de jângal construídas com base em calendários. Migração dos povos como excursão de família? Por que os observatórios são redondos?

Uma coisa é certa, as teorias e provas que ele contém não se ajustam à Arqueologia tradicional, tão laboriosamente desenvolvida e tão solidamente cimentada.

Cabe a quem ler manter a mente aberta para julgar tais fatos... mas to pra dizer pra vocês que o livro é, no mínimo, inquietante... vale a pena.
[]´s
Dani.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Porto Alegre verde.

Não acredito que este fenômeno esteja acontecendo em outras cidades, talvez não esteja acontecendo nem em bairros distantes do meu, mas tenho uma séria impressão de que Porto Alegre está ficando verde.

Se você está pensando em natureza, em lindos parques arborizados ou canteiros bem cuidados, perdeu.

To falando da fábrica de tinta que deve ter feito uma promoção dos Diabos e quer se livrar de todo o estoque de verde-bandeira-periquito-abacate-limão-capim-água-musgo-esmeralda-sei lá mais qual...

Virou febre.

No início chegou manso... tomando conta de algumas casas. Depois começamos a perceber que ele escalava prédios inteiros (o condomínio do Rique foi uma das vítimas). Nem o nosso antigo colégio escapou. Tá lá o coitado, parecendo um papagaio.

Esses tempos fomos informados que meu condomínio seria reformado... receberia nova pintura... algumas cores até foram colocadas como sugestão de votos. Mas adivinham qual ganhou?

Levantei a bandeira (branca). A guerra foi perdida.

Qual deles é você?!


Todo mundo tem um lado geek... descubra o seu.


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Frase do dia...

"Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos diante de um elogio."

(Sigmund Freud 1856-1939)

Sob o Sol da Toscana

Hoje fomos à tradicional Feira do Livro de Porto Alegre (em sua 54º edição). Confesso que grande parte da poesia deste evento é passear por entre as bancas, olhando as cestas de livros em promoção. Lá podemos encontrar livros tradicionais como O morro dos ventos uivantes numa impressão única: brochura de cabeça pra baixo, assim como também encontramos tratados poéticos como os da Bruna Surfistinha (who?!). Ano passado encontrei ótimos livros de contos da oficina literária de uma universidade local. Esse ano consegui sair ilesa (por enquanto) destas promoções, mas acabei me deparando com a L&PM... ó vida.

Quando tem um livro,sabemos qual comprar. Quando tem vários, a dúvida mata.

Acabei optando por Sob o sol da Toscana por ter ouvido críticas muito boas sobre o filme que não consegui assitir no cinema.


Resenha

Fances Mayes, exímia narradora de viagens e amante da gastronomia, nos apresenta o incrível mundo que descobriu quando comprou e reformou uma casa de campo abandonada no interior da Toscana. Com uma linguagem sensual e evocativa, ela faz com que o leitor a acompanhe à medida que vai descobrindo a beleza e a simplicidade da vida na Itália. Seguindo a tradição de turistas famosos em visita à Toscana, ela refaz passeios de D.H. Lawrence e Henry James, e consulta o poeta Virgílio. Tão talentosa na cozinha quanto ao escrever sobre vinhos e culinária, Mayes também cria dezenas de deliciosas receitas sazonais, todas elas incluídas no livro.


Ao fazer pela Toscana o que M.F.K. Fischer e Peter Mayle fizeram pela Provence, Mayes fala das singularidades e prazeres de um país estrangeiro com entusiasmo e paixão. Uma enaltação da extraordinária qualidade de vida da região, Sob o sol da Toscana é um banquete para todos os sentidos, e como tal foi consagrado nas listas de mais vendidos de todo o mundo e adaptado com enorme sucesso para o cinema.

Fica aqui a dica!

[]´s

Dani

domingo, 9 de novembro de 2008

Cadê a chuva?


Ai, o verão chegou! Pra quem pode estar na praia, de folga, deve ser uma beleza. Agora pra quem não pode...
Só sei que falaram, prometeram e o temporal de hoje não veio. Pelo menos até agora (22h35min).
Com o calor de Porto Alegre nesse domingo não restava nada melhor do que ficar em casa, lagarteando... trocar o chimarrão por um ice tea de limão beeeem geladinho... o sol à pino por um ventinho artificial e providencial...
Onde estão os amigos que dão as idéias de final de semana na praia, passeio de barco no pôr-do-sol, Onde estão? Onde?? Eu queroooo. O Rique também é parceiro (além de lindo, fofo, inteligente... ops!). Vamos combinar!!! Não adianta mostrar o doce e não dividir!
:)))))))))
Dani.

Frase do dia...

"A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura."

(Lya Luft)

O Grito


Martha Medeiros

Não sei o que está acontecendo comigo, diz a paciente para o psiquiatra.
Ela sabe.
Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para outro.
Ele sabe.
Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio.
Sabemos, sim.
Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leitura dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa os métodos que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe nos nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.
Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos lá dentro, quem é que está no controle.
A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única: ninguém tem dúvida sobre si mesmo.
Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz. E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!
Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto.
Sabe.
Eu não sei por que sou assim.
Sabe.

sábado, 8 de novembro de 2008

Os Girassóis


Há muito tempo atrás peguei um catálogo de coleção de roupas infantis da Loja Benetton. Chamava a atenção não só por ter sido feito com crianças especiais, mas principalmente porque trazia uma alegria verdadeira em cada olhar... uma alegria que muitas pessoas não percebem.
O catálogo apresenta a coleção outono-inverno 98-99 e utiliza como modelos os alunos de uma instituição alemã para pessoas portadoras de deficiências. Na abertura do mesmo encontra-se, além dos créditos, um texto de uma página, escrito em letras brancas em um fundo preto, onde Susanna Tamaro escreve sobre sua experiência com o contato com estas pessoas.

"Da minha janela vejo colinas, campos, bosques... Plantações de trigo alternam-se com campos de girassóis. Sempre gostei destas flores pela sua obstinada alegria, pela suavidade com a qual seguem o sol. Ao meu lado, os sorrisos destas crianças, destes jovens. Outros pequenos sóis que iluminam a minha sala. Há alegria nestes olhares. Uma alegria simples.
Estas imagens, na verdade, falam-nos de um mundo sem defesas, sem fronteiras, sem preconceitos. Um mundo que surge oferecendo a instantaneidade do seu amor. Nestas últimas décadas, aprendemos a seguir o mito da inteligência que acredita compreender, enquanto que na verdade classifica, julga e separa. A inteligência sabe certamente como devem ser as coisas e como não devem ser. Fabrica caixas, caixinhas, paliçadas, muretas e muros de cimento. Uma vez construído um muro, é natural colocar o arame farpado em cima, pagar um sentinela armado para controlar a passagem.
Duvido, logo existo. Desprezo, logo existo. Cinismo é o sentimento dominante destes tempos, faz sentir-nos lúcidos e superiores. No concretismo da vida, esta forma mental age como um tipo de estiagem: reduz, resseca tudo. Por isso, quando procuro imaginar o coração das pessoas que se escondem atrás do cinismo, vejo uma raiz seca, uma forma de vida vazia, incerta, que avança pulsando com fraqueza.
Quando penso no coração destas pessoas vejo uma couraça rígida e esclerótica feita de avidez, de presunção. E sob esta couraça, o vazio. No vazio avança o medo, cresce e desenvolve-se como uma planta ruim. É exatamente o medo que nos torna logorréicos. O medo de amar. E aquele ainda maior, de sermos amados.
Num mundo onde o horizonte já é obstinadamente reduzido, o sentimento do amor é a maior ameaça. Onde passa o amor não resta outra coisa: caem os muros, uma após outra incendeiam-se as paliçadas. De improviso, encontramo-nos sós no meio de um deserto, descobrimo-nos nus, sem mais um nome, sem mais uma meta, indefesos. Somente então podem nascer pensamentos novos, palavras novas, um novo modo de ver as coisas. Somente assim a frieza do juízo superior pode dar lugar à compreensão e à comoção.
“Acredito que crianças e adultos deficientes sejam na verdade anjos, pois não conhecem o mal, as mentiras, a falsidade.“ – Diz uma das mães.
Eu também acredito. Não somos nós que nos sacrificamos por estas crianças, são elas que se sacrificam por nós. Descem à terra com olhos esplendentes para romper os muros dos nossos corações e abri-los ao dom maior: a gratuidade do amor."


Susanna Tamaro.

[]´s

Dani.

domingo, 2 de novembro de 2008

Frase do dia...

"A ave do paraíso pousa apenas na mão de quem não agarra."

(John Berry, poeta americano)

Felipe Massa



"Campeão do Brasil." - Pai


"Ele é o cara!" - Irmão




Uma pena o campeonato ter escapado por entre os dedos (alheios) justamente quando estava mais próximo de se concretizar. O grande consolo é que o título mundial perdido não é maior do que a satisfação de perceber que o Brasil volta a ter um piloto que fará com que muitos voltem a acordar cedo nas manhãs de domingo na esperança de ver uma grande corrida de um piloto brasileiro.
Ano que vem começa tudo de novo.

Caminho certo



Coisa boa ter a certeza interior de que estamos percorrendo o caminho certo.
Nenhum comprovante, nenhum certificado, apenas aquela voz baixinha que insiste em nos dizer que todos os passos que demos pela vida foi para que estivéssemos aqui hoje.
Olhar para o lado e perceber que a pessoa que nos dá a mão é na verdade aquela pessoa. Quem queremos ter por perto pro resto da vida nos olhando, nos ouvindo, nos amparando e nos amando como no dia do primeiro beijo.
Essa certeza não tem preço.
Quem já sentiu compreende estas definições, mas quem ainda não sentiu, não encontrará poeta no mundo que possa lhe ensinar a geografia do país do AMOR.
Lá existe uma nova língua, suave e fácil de aprender e que serve para o dia e para as horas de escuridão. Neste lugar, pode-se fazer as coisas mais loucas e todas estas coisas estarão maravilhosamente certas.
Os outros até podem vê-lo em nós ou em torno de nós, mas sem saber como foi que descobrimos o caminho. Caminho este, que não existe em mapas ou rotas. É preciso procurá-lo com sabedoria e paciência para que saibamos reconhecê-lo.

Aos que ainda trilham sozinhos, desejo a boa sorte que tenho...
Dani aka Moon

1 ano e 6 meses


O amor é quando duas pessoas dizem assim: eu cuido de você e você cuida de mim.

sábado, 1 de novembro de 2008

Frase do dia...

"Não há na Terra criaturas divinas, mas há nelas algo de divino, o afeto."

(Emma Boghen, escritora alemã)

Mudança

Nelson Rodrigues

Um mês depois, ele chega em casa, do trabalho, e acontece uma coisa sem precedentes: a mulher, pintada, perfumada, se atira nos seus braços. Foi uma surpresa tão violenta que Filadelfo perde o equilíbrio e quase cai. Em seguida, ela aperta entre as mãos o seu rosto e o beija na boca, num arrebatamento de namorada, de noiva ou de esposa em lua-de-mel. Ele apanha o jornal, que deixara cair. Maravilhado, pergunta:
- Mas que é isso? Que foi que houve?
Jupira responde com outra pergunta:
- Não gostou?
Ele senta confuso.
- Gostar, gostei, mas... - Ri: - Você não é assim, você não me beija nunca.
Jupira tem um gesto de uma petulância que o delícia: vem sentar-se no seu colo, encosta o rosto no dele. Filadelfo é acariciado. Acaba perguntando:
- Explica este mistério. Aconteceu alguma coisa. Aconteceu?
Ela suspira:
- Mudei ora!